O índice de volume de negócios do setor dos serviços aumentou 30,5% em maio, face a maio de 2020, avança o INE - Instituto Nacional de Estatística. O gabinete de estatística revela que o aumento de 30,5% registado em maio do corrente ano é face a 2020. Comparando com 2019, ano em que não havia pandemia, o índice apresentou um resultado inferior em 11,1%.
Segundo o INE este aumento significativo assinalado em maio reflete um efeito base, "dado que a comparação incide em meses de 2020 muito afetados pela pandemia".
Face a abril o volume de negócios nos serviços foi inferior em 12,7 pontos percentuais.
Para a evolução registada em maio contribuíram positivamente todas as atividades. O INE destaca três.
O comércio por grosso, comércio e reparação de veículos automóveis e motociclos teve um contributo de 17,2 pontos percentuais. Segundo o INE foi "o maior para o resultado agregado, originado pela variação homóloga de 27,7% registada em maio (49% em abril)". Porém, sublinha, "o índice encontra-se 3,4% abaixo de maio de 2019".
O alojamento, restauração e similares é outro dos setores de destaque "com uma variação de 120,6% (136% no período anterior)", o que originou "um contributo de cinco pontos percentuais, tendo sido a segunda secção mais influente".
Também os transportes e armazenagem contribuíram positivamente com um aumento de 36,4% (44,7% no período anterior), contribuindo assim como 4,1 pontos percentuais para o índice geral. O INE realça que "nesta secção importa destacar a continuação da forte recuperação dos transportes aéreos, com uma variação homóloga de 135,1% (102,3% em abril)", embora afirme que "o índice desta divisão é ainda inferior em 64% a maio de 2019".
No que toca ao índice em cadeia a variação global foi de 0,8%, tendo desacelerado face a abril quando a variação foi de 5,4%. "O índice da secção alojamento, restauração e similares acelerou de forma expressiva, passando de uma taxa de variação em cadeia de 27,9% em abril para 38,5% em maio", refere o INE.
No que diz respeito aos índices de emprego, de remunerações e de horas trabalhadas ajustado de efeitos de calendário, apresentaram variações diferentes. O índice do emprego registou uma variação homóloga de -0,9% (menos 3,4% face a abril).
Já o índice de remunerações cresceu 10% (em abril tinha sido de 4,9%). No que se refere ao índice das horas trabalhadas a variação foi de 24% (19,8% em abril).
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: IVicente@expresso.impresa.pt