EDP projeta investimentos de 24 mil milhões até 2025. E vai tornar-se 100% renovável até 2030

Elétrica vai reforçar aposta nas energias renováveis e promete desfazer-se das centrais termoelétricas a gás natural que hoje tem até 2030
Elétrica vai reforçar aposta nas energias renováveis e promete desfazer-se das centrais termoelétricas a gás natural que hoje tem até 2030
Editor de Economia
A EDP apresenta esta quinta-feira o seu novo plano estratégico, comprometendo-se a investir 24 mil milhões de euros até 2025 na transição energética e anunciando também o objetivo de até 2030 se tornar 100% verde, o que implicará o abandono das várias centrais a gás natural que hoje detém.
Na apresentação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a EDP indica que pretende instalar 4 gigawatts (GW) de capacidade renovável a cada ano até 2025, duplicando a sua capacidade eólica e solar. Nesse horizonte temporal a elétrica também abandonará totalmente a sua produção a carvão (depois de em janeiro ter fechado a central de Sines, irá agora abandonar a produção a carvão que ainda tem em Espanha).
Até 2030 o grupo quer ter uma geração de eletricidade 100% renovável, alcançando a neutralidade carbónica.
O investimento anual subirá dos 2,9 mil milhões de euros do plano 2019-2022 para 4,8 mil milhões de euros por ano no novo plano 2021-2025.
Dos investimentos previstos em expansão nos próximos quatro anos a EDP estima que 80% serão em renováveis, 15% em redes e 5% em soluções para clientes e gestão de energia.
A empresa canalizará 40% do investimento para a América do Norte, 40% para os mercados europeus, 15% para o Brasil e América Latina e 5% para outras regiões.
No plano agora apresentado a EDP indica que 45% dos investimentos até 2025 já estão assegurados por via de projetos em desenvolvimento, 15% estão a ser negociados e deverão ficar garantidos a curto prazo e os restantes 40% serão projetos por desenvolver.
A EDP projeta ainda um crescimento dos seus lucros, esperando alcançar novamente os 1000 milhões de euros de resultado líquido em 2023 e 1,2 mil milhões de euros em 2025.
Dentro de quatro anos mais de 95% do EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) deverá vir das áreas da transição energética, ou seja, tudo o que não é produção termoelétrica (a carvão e gás).
A empresa mantém um compromisso de distribuir aos acionistas um dividendo mínimo de 19 cêntimos por ação, entregando aos acionistas 75% a 85% dos lucros anuais, mas com a expectativa de conseguir criar condições para vir a aumentar essa remuneração.
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