Economia

Elétricas europeias juntam-se para defender aposta no hidrogénio verde

António Mexia é presidente executivo da EDP desde 2006
António Mexia é presidente executivo da EDP desde 2006
luís barra

EDP e outras sete empresas europeias, bem como as associações do sector eólico e solar, escrevem ao vice-presidente da Comissão Europeia Frans Timmermans para fazer lóbi pelo hidrogénio renovável

Elétricas europeias juntam-se para defender aposta no hidrogénio verde

Miguel Prado

Editor de Economia

Oito empresas europeias do sector elétrico, entre as quais a EDP, e duas associações representativas da indústria eólica e solar juntaram-se na iniciativa "Choose Renewable Hydrogen", para apelar à Comissão Europeia que promova o investimento e a aposta no hidrogénio verde.

Nesta iniciativa, os presidentes das empresas (em que se incluem, além da EDP, a Enel, a Iberdrola, a Vestas, a Akuo, entre outras) escreveram uma carta a Frans Timmermans, vice-presidente da Comissão Europeia, defendendo que em alguns sectores "o hidrogénio renovável terá um papel central e poderá ser a solução mais económica e sustentável para a descarbonização".

Em áreas como a indústria química, alguma indústria pesada, transporte de carga e aviação a eletrificação direta do consumo de energia pode não ser viável, mas esses sectores poderão substituir o consumo de combustíveis convencionais por hidrogénio verde (gás produzido a partir da eletrólise da água usando como fonte de eletricidade energia oriunda de fontes renováveis, como a eólica e a solar).

Portugal é um dos países europeus cujos governos já definiram planos para a aposta no hidrogénio verde. Na semana passada o Governo aprovou a versão final da estratégia nacional para o hidrogénio, estimando que a criação de um cluster industrial neste domínio poderá atrair para o país investimentos de 7 mil milhões de euros até 2030.

Um dos eixos desta aposta será a criação de capacidade industrial em Sines, com um investimento de 2,85 mil milhões de euros na próxima década para criar uma capacidade de produção de hidrogénio verde com 1 gigawatt (GW), pouco menos do que a capacidade instalada da central termoelétrica a carvão de Sines, que deverá ser desativada em 2023.

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