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Economia

Covid-19. ‘Milagre’ dos inativos oculta desemprego

Há menos 42 mil pessoas a trabalhar do que no final de 2019, mas o desemprego mantém-se nos 6,7%. Ilusão de ótica, dizem os economistas

Covid-19. ‘Milagre’ dos inativos oculta desemprego

Cátia Mateus

Jornalista

É um raro fenómeno. A população empregada está a encolher, mas o desemprego também. Os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que no primeiro trimestre do ano o país tinha menos 41,7 mil pessoas empregadas do que nos últimos três meses de 2019. No mesmo período, o desemprego não só não mexeu, mantendo-se nos 6,7%, como até traduz uma diminuição de 4,3 mil desempregados, fixando-se nos 348,1 mil. Como se justificam estes números? A pandemia responde por uma parte e a técnica pela outra.

Desde o primeiro trimestre de 2013 que a população empregada não registava uma quebra homóloga tão acentuada. Num cenário normal, números desta ordem traduziriam um aumento certo no desemprego, mas tal não aconteceu. Com mais gente desempregada e menos gente empregada, porque não aumenta afinal a taxa de desemprego? “Há desde logo uma explicação técnica, a forma como é enquadrado estatisticamente um desempregado, que é alguém que não tem trabalho remunerado, procura ativamente emprego e está disponível para trabalhar”, explica o economista João Cerejeira.

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