Economia

10 bolsas europeias abrem com derrocadas acima de 5%

Depois de uma quarta-feira negra em Wall Street, as praças europeias estão todas no vermelho esta quinta-feira, digerindo a pandemia global e à espera das decisões do BCE pela hora de almoço

As bolsas europeias abriram esta quinta-feira no vermelho, com 10 praças registando derrocadas acima de 5% depois de trinta minutos de negociação. Varsóvia, Amesterdão, Bruxelas e Frankfurt lideram os trambolhões.

Em Lisboa,.o PSI 20 segue a tendência europeia, mas cai, por agora, menos, 4%. O recorde de queda desde início do ano foi registado na passada segunda-feira negra com o índice a afundar-se quase 9%.

O ataque político à União Europeia desferido por Donald Trump na sua comunicação ao país na quarta-feira, proibindo, a partir de sexta-feira e por 30 dias, a entrada nos EUA de estrangeiros provenientes da Europa (à exceção do Reino Unido, que já está fora da União), agravou ainda mais o sentimento negativo no Velho Continente.

As quedas na Europa, onde a tendência bolsista já passou da euforia para a baixa, ocorrem antes de conhecidas as decisões do Banco Central Europeu, que serão publicadas pelas 12h45 (hora de Portugal).

O foco de atenção dos investidores dirigir-se-á, depois, para a conferência de imprensa de Christine Lagarde que está a ser submetida ao "teste Draghi". Se surpreender pela positiva, os mercados poderão animar-se, se as decisões forem encaradas como frouxas, a derrocada poderá acentuar-se na sessão da tarde.

As praças asiáticas já encerraram a sessão desta quinta-feira com quedas generalizadas, destacando-se, pela sua importância, a descida de 4,4% do Nikkei 225 da bolsa de Tóquio, a maior da região.

A derrocada na Europa e o recuo na Ásia sucedem à quarta-feira negra em Wall Street, com o índice MSCI para as duas bolsas de Nova Iorque a cair 4,9%, a pior sessão do ano depois da hecatombe de segunda-feira.

Os futuros em Wall Street estão a cair quase 5%, antevendo uma abertura turbulenta.

Tal como a tendência em Wall Street já mudou do "touro", da euforia altista, para o "urso", pressão baixista, com uma queda de 20% desde o pico do Dow Jones a 12 de fevereiro, também o índice de referência Eurostoxx 50 (das cinquenta principais cotadas da zona euro) já caiu 30% e o Dax de Frankfurt 24% desde o pico recente.

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