Economia

Covid 19 faz tremer cerveja Corona

As vendas da cerveja Corona são afetadas pelo Covid 19
As vendas da cerveja Corona são afetadas pelo Covid 19
HANNAH MCKAY

A AB InBev, o maior grupo cervejeiro do mundo, estima que a epidemiade coronavírus já fez perder 260 milhões de euros de vendas só nos dois primeiros meses deste ano. Além da marca mexicana Corona, o grupo detém a norte-americana Budweisser, mais consumida na China do que no país de origem.

A Corona beer, uma das marcas mais populares de cerveja mexicana, tornou-se uma vítima colateral da epidemia que começou na China em dezembro. Apesar do recém-batismo pela OMS de Covid-19, a doença é sobretudo conhecida por “coronavírus” nome que começa a atingir a marca de cerveja mexicana.

Primeiro foram as inúmeras piadas nas redes sociais usando a semelhança do nome do vírus e da bebida, depois começaram a surgir análises dos temas mais procurados na net em vários países, sobretudo nos Estados Unidos, em que a procura por um “vírus da cerveja” alcançava os lugares cimeiros.

A multinacional belga-brasileira Anheuser-Busch In Bev (AB InBev), o maior grupo cervejeiro do mundo, proprietário da Corona, entre outras marcas, anunciou esta quinta-feira que espera “ uma quebra de cerca de 10% no resultado operacional do primeiro trimestre deste ano devido ao impacto do coronavírus”.

Em conferência telefónica citada pela imprensa internacional, Carlos Brito, o presidente do grupo admitiu esta quinta-feira que a empresa perdeu cerca de 260 milhões de euros de faturação nos dois primeiros meses deste ano devido à epidemia.

A quebra de vendas na China e nos mercados asiáticos durante as festas do Ano Novo, o mau desempenho no Brasil e a associação ao coronavírus noutras regiões explicam, segundo o responsável, o mau desempenho da marca. Entre o portfólio do grupo estão cervejas como as belgas Stella Artois e Leppe, as brasileiras Brahma e Anatartica ou a norte-americana Budweisser, mais bebida na china do que nos EUA.

Mas, o “pesadelo” da marca Corona parece estar para durar no mercado norte-americano. Esta quinta-feira, foi a vez de um estudo de mercado salientar que 38% dos consumidores norte-americanos não consumiriam em situação alguma a marca Corona. O estudo telefónico, realizado no início desta semana pela 5W Public Relations, uma das principais agências independentes nos EUA, revela que 38% dos consumidores não vão comprar a cerveja e que 16% dos consumidores estão confusos quanto à associação entre o coronavírus e a cerveja.

Uma sondagem da YouGov confirma que a popularidade da Corona está em queda livre no mercado dos EUA, quando perto de 80% dos norte-americanos tinham um imagem positiva da marca no fim de 2019, valor que passou para 50% em fevereiro.

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