Economia

Só com comunicação é que é possível sustentar a "confiança do mercado", aponta António Rios de Amorim

António Rios de Amorim é CEO do Grupo Amorim desde 2001
António Rios de Amorim é CEO do Grupo Amorim desde 2001
Rui Duarte Silva

Projetos Expresso. O Chief Executive Officer do Grupo Amorim é um dos cinco nomeados para melhor CEO nos Prémios IRGA (Investor Relations & Governance Awards), promovido pela Deloitte com o apoio do Expresso. Nos próximos dias saiba o que os restantes nomeados a CEO, e três dos selecionados para melhor CFO (Chief Financial Officer), dizem sobre os grandes desafios das empresas portuguesas. No dia 19 são conhecidos os vencedores

Transparência, transparência, transparência. Para o CEO do Grupo Amorim, o nome do jogo não podia ser mais clara e é o factor chave que António Rios de Amorim identifica como o grande desafio que as empresas portuguesas têm que enfrentar. "É fundamental uma política de transparência, quer do processo decisório quer sobre a forma como as empresas são geridas. Sem uma adequada, regular e transparente comunicação com os stakeholders dificilmente se conseguirá construir e sustentar a confiança do mercado", defende.

Na sua opinião, é óbvio que "um elevado nível de transparência, responsabilização e respeito pelos direitos dos acionistas e pelo papel das principais partes interessadas são a base de um sistema funcional de governo das sociedades." O que, mais que tudo, implica "uma atitude de rigor e de atenção permanentes da gestão em relação à governação societária, supervisionando permanentemente os processos de governação estabelecidos. Estar cotado implica uma maior partilha que acentuará melhores praticas de gestão pois o escrutínio é bem superior de parte de todos os stakeholders."

António Rios de Amorim nasceu em 1967 e foi para a empresa familiar em 1996, tendo chegado a CEO em 2001. Desde então que é um dos principais responsáveis pelo crescimento e reconhecimento da empresa a nível nacional e internacional e não tem dúvidas que "em qualquer organização – independentemente da sua maturidade ou longevidade, da sua estrutura, da sua dimensão – a governação é vital e deve estar no cerne da sua cultura, desempenho, rendibilidade e sustentabilidade económica, social e ambiental."

O CEO traça o retraro de um Portugal em que o tecido empresarial é composto essencialmente por PME, pelo que "haverá um caminho a percorrer no sentido da profissionalização das estruturas de governo das empresas e da transparência no relacionamento e reporte a stakeholders." Para António Rios de Amorim, o sucesso e longevidade de muitas destas empresas evidencia já um relevante controlo e desempenho dos negócios que, certamente, resultarão na evolução do modelo de governação à medida que crescem e ampliam a sua rede."

O Investor Relations & Governance Awards (IRGAwards), iniciativa promovida pela Deloitte, chega à sua 32ª edição com duas novas categorias de prémios: o Governance Initiative Award (que distingue melhorias no governo societário) e o Transformation Award (que premeia projetos de transformação nos negócios das empresas). Estes juntam-se aos já existentes Market Development Award e Lifetime Achievement Award e aos galardões para os CEO (presidente executivo), CFO (administrador financeiro) e IRO (Investor Relations) que melhor desenvolveram a sua relação com os investidores no ano anterior, neste caso, em 2018. Clique AQUI para saber mais sobre a distinção

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