Afinal, quais são os principais desafios que as empresas portuguesas continuam a evidenciar em termos de governação e transparência? "A crescente consciencialização de todos os stakeholders tem vindo a alterar a importância atribuída às matérias de corporate governance, cada vez mais relevantes, nas decisões de investimento e de colaboração", garante por escrito António Mexia, um dos CEO (Chief Executive Officer) portugueses mais conhecidos e que, aos 62 anos, continua à frente da EDP, posto em que se encontra desde 2006.
"Este desafio torna-se mais acentuado com o crescimento de estratégias de investimento passivas (ETFs, Indices) aliadas a uma concentração de capital num reduzido número de investidores institucionais. Estes fundos definem-se cada vez mais como “passive investors, active owners”, dado que dedicam mais tempo à análise e escrutínio dos perfis de corporate governance do que aos fundamentais das empresas, uma evolução muito positiva. Por isso, António Mexia defende que "para responder a estes desafios é necessário adoptar uma postura de grande proximidade e transparência com todos os stakeholders, de forma a criar valor através da antecipação de tendências e da manutenção de elevados standards de governance."
"Vivemos hoje num mundo em que as transformações acontecem a uma velocidade nunca antes vista, como é o caso da revolução no sector eléctrico", atira o CEO que o ano passado destacou-se pela forma como defendeu a empresa durante a OPA da China Three Gorges (CTG), conseguindo valorizar a EDP acima da oferta da CTG. "A existência de um modelo estruturado e equilibrado que permite prever, gerir e antecipar tendências é uma condição crítica para a criação de valor para os nossos accionistas", avança António Mexia, que aproveita para acrescentar que "na EDP, esta prática há muito que deixou de ser um conceito vago; a auscultação regular dos nossos stakeholders faz parte do dia-a-dia do Grupo em todas as geografias em que operamos e tem resultado no fortalecimento de relações de confiança com todas as partes interessadas."
O Investor Relations & Governance Awards (IRGAwards), iniciativa promovida pela Deloitte, chega à sua 32ª edição com duas novas categorias de prémios: o Governance Initiative Award (que distingue melhorias no governo societário) e o Transformation Award (que premeia projetos de transformação nos negócios das empresas). Estes juntam-se aos já existentes Market Development Award e Lifetime Achievement Award e aos galardões para os CEO (presidente executivo), CFO (administrador financeiro) e IRO (Investor Relations) que melhor desenvolveram a sua relação com os investidores no ano anterior, neste caso, em 2018. Clique AQUI para saber mais sobre a distinção
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