Economia

Central de Cervejas investe 8 milhões de euros em fábrica de Vialonga

Central de Cervejas investe 8 milhões de euros em fábrica de Vialonga

Investimento no enchimento de garrafas de cerveja Sagres aumenta a capacidade da fábrica e reduz substancialmente o consumo de energia e água

Central de Cervejas investe 8 milhões de euros em fábrica de Vialonga

Pedro Lima

Editor-adjunto de Economia

A Central de Cervejas inaugurou esta quarta-feira o novo equipamento da operação de enchimento de garrafas de vidro da Cervejeira de Vialonga, nos arredores de Lisboa. Este investimento de 8 milhões de euros foi inaugurado pelo ministro-adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira e, segundo a empresa que produz a cerveja Sagres, conta com “tecnologia de última geração que proporciona maior flexibilidade e maximização dos índices de sustentabilidade ambiental”.

A nova linha de enchimento tem capacidade para encher 55 mil garrafas por hora e permitirá uma redução anual até 22% de consumo de CO2, uma poupança de 12.600kWh de eletricidade/ano e a diminuição anual de 96% do consumo de água.

Este aumento de capacidade vai permitir alimentar o mercado interno mas também as exportações da Sagres, de onde se destacam as vendas para França, Luxemburgo, Inglaterra e Andorra, explica Nuno Pinto Magalhães, diretor de comunicação e de relações institucionais da Central de Cervejas. Nas vendas no exterior destacam-se também os mercados africanos de língua portuguesa, em especial Angola, país onde a empresa também tem produção. “Angola está a correr muito bem”, afirmou.

Nos últimos 5 anos foram investidos cerca de 140 milhões de euros “em projetos de modernização e crescimento, que abrangem, entre outros, a expansão, a inovação, a sustentabilidade e energias alternativas, não só na Cervejeira de Vialonga, mas também na Sociedade Água de Luso e na Novadis distribuição”, destaca o grupo cervejeiro controlado pela holandesa Heineken. Além disso o número de colaboradores em Portugal duplicou, nesse período temporal, para cerca 1800.

Mas a empresa aponta as dificuldades em contratar pessoal em certas áreas como um bloqueio ao seu crescimento. “A falta de mão de obra é uma das queixas que mais oiço da parte das empresas”, disse por seu lado o ministro da Economia.

A Central foi recentemente notícia por causa de uma greve dos seus trabalhadores, que exigiam maiores aumentos do que a empresa estava a oferecer. Uma situação que está completamente ultrapassada segundo Nuno Pinto Magalhães, com um acordo que determinou um aumento de 2,5%. “Sempre tivemos uma política de aumentos muito acima da inflação e sempre pagámos acima da média”, esclarece o diretor da Central de Cervejas.

No que diz respeito às vendas de cerveja em Portugal, os últimos indicadores apontam para um crescimento a dois dígitos. Os dados mais recentes, de acordo com a consultora Nielsen, são referentes a abril, mas em maio esta tendência de crescimento ter-se-á mantido. “É um desempenho a que não é alheio o clima e também o número de turistas em Portugal”, diz Nuno Pinto Magalhães.

Os cervejeiros têm pedido ao Governo que crie melhores condições para desenvolver o sector e registaram com agrado a decisão de congelar este ano o Imposto sobre o Álcool e as Bebidas Alcoólicas, apesar de terem preferido que essa medida fosse sido tomada numa base plurianual e não apenas por um ano.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: PLima@expresso.impresa.pt

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