O que acontece quando um miúdo de 13 anos é levado pela polícia às seis da manhã, acusado de ter assassinado uma colega de escola? Esta é a premissa de “Adolescência”, a série da Netflix que tem sido amplamente vista - lidera os topes da plataforma, no Reino Unido e nos Estados Unidos - e igualmente debatida. Na ficção, como na vida real, as respostas não são simples: na série, a criança (apesar do título, Jamie Miller, o acusado, tem cara de bebé) fica detida, aguardando julgamento e mergulhando a sua família numa profunda angústia. Na consequente investigação policial, os detetives encarregados de deslindar o caso, procurando motivações para o crime, visitam a escola frequentada por Jamie (Owen Cooper) e pela vítima, Katie, deparando-se com um ambiente tóxico e violento. Os códigos dos mais jovens, sobretudo nas redes sociais, escapam porém à esforçada dupla de agentes, composta por Luke Bascombe e Misha Frank. E é também por isso que os criadores de “Adolescência”, Jack Thorne e Stephen Graham, que desempenha igualmente o papel de pai de Jamie, gostariam que a série fosse mostrada no Parlamento britânico. “É essencial”, disse Jack Thorne no programa “BBC Breakfast”, “porque as coisas só vão piorar”.
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