É sempre ingrato tentar responder à pergunta: será que o biografado, já morto, gostaria de ler o que escreveram sobre si? De ouvir o que o cidadão comum diria sobre o seu legado? De como aquele ator interpretou a sua carreira na televisão ou no cinema? É quase possível prever o que diria Karl Lagerfeld, designer, estilista e ícone da moda que liderou criativamente a Chanel durante 35 anos. Se fosse retratado tal como era, de rabo de cavalo grisalho, óculos escuros, ao lado da gata “Choupette”, herdeira de €180 milhões, talvez a apreciação não fosse má. Mas o alemão não era parco em palavras nem em gestos. Polémico, distante, solitário, acreditava que vestir era uma forma de sobrevivência, e que a moda, tal como a sua persona, estava em constante mutação.
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