Governo britânico congela taxa que financia a BBC e decide eliminá-la em 2027
Anúncio da ministra britânica da Cultura foi feito no twitter. Estação tem de poupar mais de 2 mil milhões de euros em cinco anos
Anúncio da ministra britânica da Cultura foi feito no twitter. Estação tem de poupar mais de 2 mil milhões de euros em cinco anos
O Governo britânico vai congelar a taxa usada para financiar a estação pública de rádio e televisão da BBC, nos próximos dois anos, e eliminá-la completamente em 2027, para passar para um novo modelo.
A ministra britânica da Cultura, Nadine Dorries, cujo ministério é responsável pela BBC, afirmou, numa mensagem divulgada na manhã de domingo, dia 16 de janeiro, na rede social Twitter, que o seu anúncio é “o último” que será feito sobre a taxa anual paga por quem tem televisão ou vê a BBC através da internet e que serve para financiar a emissora.
This licence fee announcement will be the last. The days of the elderly being threatened with prison sentences and bailiffs knocking on doors, are over.
Time now to discuss and debate new ways of funding, supporting and selling great British content. https://t.co/sXtK25q27H
— Nadine Dorries (@NadineDorries) January 16, 2022
“Acabaram-se os dias em que os idosos eram ameaçados com prisão e os inspetores batiam às portas [de casa]. Agora é altura de debater novas formas de financiar, apoiar e vender os grandes conteúdos britânicos”, escreveu a ministra.
De acordo com o jornal Sunday Mail, o congelamento da taxa, que custa atualmente 159 libras (190 euros) por ano, e o seu desaparecimento paulatino nos próximos três anos obrigarão a estação estatal a poupar mais de 2.000 milhões de libras (2.400 milhões de euros) nesse período.
Quando o atual acordo com a BBC expirar, em 31 de dezembro de 2027, se os conservadores permanecerem no poder, a ideia é abolir a taxa para passar a ter um novo modelo de financiamento, mais próximo dos atuais serviços de assinatura de gigantes da televisão como as plataformas Netflix ou a Amazon Prime.
Este anúncio insere-se na ofensiva que o Governo de Boris Johnson prepara para recuperar a sua popularidade entre os britânicos, bastante prejudicada pela revelação de inúmeras festas realizadas em Downing Street (a residência oficial do primeiro-ministro), durante a pandemia e apesar das restrições sociais em vigor.
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