Exclusivo

Cinema

A vida antes e depois da morte

A vida antes e depois da morte

Dois regressos a marcar o primeiro dia da 42ª edição do Fantasporto: o de um filme fantástico húngaro aqui premiado em 2021 e uma nova fábula do canadiano Denys Arcand a propósito do declínio do império americano

Se os franceses quiserem ver uma praça real setecentista, geométrica e dominada pela representação triunfal do déspota iluminado têm que vir a Lisboa, ao Terreiro do Paço: a revolução francesa eliminou-as do espaço público. Depois da queda do Muro de Belim em 1989, dezenas de estátuas representando Marx, Lenine ou soldados do Exército Vermelho foram apeadas na Europa do Leste, tal como monumentos alusivos a generais confederados ou comerciantes esclavagistas nos EUA ou no Reino Unido.

Os heróis e os valores de ontem não são necessariamente os do presente: recorde-se o acto simbólico dos soldados americanos chegados a Nuremberga em 1945, ao dinamitarem o escudo nazi que encimava a tribuna do estádio, cenário das celebrações de massas hitlerianas, filmadas com competência e não escondida simpatia por Leni Riefenstahl.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: RCardoso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate