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“Toda a Ferida é uma Beleza” de Djaimilia Pereira de Almeida vence Grande Prémio de Romance APE

Desde que se estreou com “Esse Cabelo”, há sete anos, Djaimilia Pereira de Almeida (nascida em Luanda, 1982) já publicou 11 livros
Desde que se estreou com “Esse Cabelo”, há sete anos, Djaimilia Pereira de Almeida (nascida em Luanda, 1982) já publicou 11 livros
Nuno Fox

O livro "Toda a Ferida é uma Beleza", de Djaimilia Pereira de Almeida com ilustrações de Isabel Baraona, venceu o Grande Prémio de Romance e Novela, anunciou hoje a Associação Portuguesa de Escritores, que o atribui com a DGLAB.

O livro "Toda a Ferida é uma Beleza", de Djaimilia Pereira de Almeida com ilustrações de Isabel Baraona, venceu o Grande Prémio de Romance e Novela, anunciou hoje a Associação Portuguesa de Escritores, que o atribui com a DGLAB.

O júri, coordenado por José Manuel de Vasconcelos e composto por Carina Infante do Carmo, Carlos Mendes de Sousa, Cândido Oliveira Martins, Cristina Robalo Cordeiro e Francisco Topa, escolheu a obra por maioria, a partir de 50 títulos concorrentes.

"Foi entendimento dos membros do júri, perante as obras a concurso, e na sequência de uma longa discussão sobre a similar qualidade de um conjunto heterogéneo de romances, privilegiar uma novela que faz da brevidade o lugar do mistério e da poesia: na contenção da sua escrita reside o essencial da estranheza de um mundo ao mesmo tempo ingénuo e cruel, infantil e adulto. E o leitor é levado, pelas palavras tanto quanto pelos desenhos, ao reino de uma impiedosa fantasia, além do real", pode ler-se na ata, citada em comunicado.

O prémio tem um valor de 15 mil euros e contou, este ano, com os patrocínios da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), da Câmara Municipal de Grândola, da Fundação Calouste Gulbenkian e do Instituto Camões. No ano passado, foi atribuído a Lídia Jorge, por "Misericórdia".

"Toda a Ferida é uma Beleza" foi editado pela Relógio d'Água em junho do ano passado.

"As autoras lançam-se à descoberta do mais misterioso dos mistérios, o de saber como é que uma menina se diverte. A menina desta história está possuída de uma incontível vontade de escrever e de rir o que esbarra com a vontade da madrinha de fazer dela uma criança normal, sossegada e, se possível, mesmo sisuda. A madrinha contraria a vontade de Maria escrever, no jeito impetuoso em que ela o faz. Castiga-a muitas vezes de modo cruel, mas não consegue levá-la a desistir do desejo de escrever, mesmo quando lhe corta a mão e a menina tem de imaginar a vida que esta leva separada do seu corpo. Mas este nunca esqueceu a mão que teve, por isso ela acabará por regressar", pode ler-se na sinopse publicada pela editora.

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