
O historiador francês Yves Léonard escreveu “Salazar”, uma biografia abrangente e elegante do ditador português, onde aos aspetos públicos e de propaganda se juntam a episódios privados
O historiador francês Yves Léonard escreveu “Salazar”, uma biografia abrangente e elegante do ditador português, onde aos aspetos públicos e de propaganda se juntam a episódios privados
Jornalista
Salazar está na moda. Além da votação televisiva que há uns anos o elegeu o maior português de sempre, o avanço da direita populista e da extrema-direita trouxe um novo interesse pela sua personalidade. Não só em Portugal, de resto. Ainda em 2021 surgiu uma biografia de um britânico onde ele é visto como um exemplo de ditador razoável, alguém que, em contraste com torcionários como Franco, usou a força nos estritos limites da necessidade.
Yves Léonard não vem na mesma linha. Autor de várias obras sobre história portuguesa contemporânea, este professor em Sciences Po reconhece com distância a atração da chamada “ditadura da inteligência” de Salazar, mesmo no seu país, França, onde ela se liga bem com a defesa da “civilização ocidental”. Em Portugal, isso foi a par com a recuperação de mitos como o do infante D. Henrique, reciclados pelo Estado Novo. Salazar desde o início foi uma operação de propaganda.
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