Livros

Nem gordo, nem feio: palavras negativas dos textos do autor de “Charlie e a Fábrica de Chocolate” limpas com a lixívia da censura

A versão cinematográfica de "Charlie e a Fábrica de Chocolate", protagonizada por Johnny Depp, teve como ponto de partida a obra homónima de Roald Dahl
A versão cinematográfica de "Charlie e a Fábrica de Chocolate", protagonizada por Johnny Depp, teve como ponto de partida a obra homónima de Roald Dahl

As reações não tardaram e nem o ainda convalescente Salman Rushdie se furtou a criticar a decisão de retirar as palavras com conotação negativa dos livros de Roald Dahl. A editora Puffin decidiu reescrever certas passagens dos livros infantis do autor britânico, para que estes possam “continuar a ser apreciados por todos hoje” e a polémica estalou. A tendência de “limpeza” não é nova, mas desta vez está a levantar muitas vozes reativas

O autor escreveu um livro de uma maneira, mas os tempos mudaram e a reação da sociedade já não aceita as descrições como foram feitas. Em causa está a obra infantil de Roald Dahl e as ressonâncias preconceituosas do imaginário do escritor, que está a ser adaptado a novos tempos, novas vontades.

Entre as principais mudanças nos textos aparecem principalmente as descrições da aparência física de vários personagens. Palavras "gordo" e "feio" foram retiradas das novas edições. Em “Charlie and the Chocolate Factory”, o insaciável Augustus Gloop passa a ser descrito como alguém "enorme", enquanto a Sra. Twit, em “The Twits”, já não é referida como alguém "feia e bestial", surgindo apenas como "burra", explica um artigo no jornal francês “Le Point”.

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