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Miguel Guedes: “O Coliseu do Porto faz parte da identidade nacional e devia ser olhado com muito mais carinho pelo poder político”

Miguel Guedes: “O Coliseu do Porto faz parte da identidade nacional e devia ser olhado com muito mais carinho pelo poder político”
Rui Oliveira

Aos 82 anos, o Coliseu do Porto vai ter, pela primeira vez, obras de requalificação. “Não seríamos capazes de enfrentar mais um inverno nestas condições”, admite Miguel Guedes, o homem do leme que há um ano dirige a emblemática sala de espetáculos da Invicta. Em entrevista ao Expresso, considera que “o Coliseu não foi olhado pelo poder político da forma que merece” e apela a quem se seguir no Governo para a “necessidade de reforçar orçamento”

Rui Oliveira

Fotojornalista

Miguel Guedes começou a arrumar a casa pelo telhado. Era uma questão de “sobrevivência” para o Coliseu do Porto. “Era a primeira necessidade, mas não era a única. O edifício precisa de ser reabilitado de fio a pavio”, diz o homem do leme da emblemática sala de espetáculos da Invicta que tinha como missão “salvar” a casa onde assistiu a concertos que o fizeram querer pisar um palco.

“Já não estamos em alto mar, a guiar-nos pelas estrelas. Estamos a navegar com a bússola apurada e sabemos que vamos atracar”, assegura, em entrevista ao Expresso, quando cumpre um ano como presidente da direção.

Miguel Guedes lamenta que, na última década, o Coliseu do Porto não tenha sido “olhado pelo poder político da forma que merece”. Defende a necessidade de “criar e replicar novos públicos”. Com ele, afiança, o Coliseu “não terá salas vazias por egos de programação”.

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