Sem apoio da DGArtes, companhia de teatro Seiva Trupe suspende atividade ao fim de 50 anos

Atores, encenadores, técnicos e administrativos da emblemática companhia de teatro portuense podem ficar sem trabalho a partir de 1 de janeiro de 2023
Atores, encenadores, técnicos e administrativos da emblemática companhia de teatro portuense podem ficar sem trabalho a partir de 1 de janeiro de 2023
A companhia de teatro Seiva Trupe, fundada em 1973, anunciou que, após ter tomado conhecimento que ficou de fora dos apoios concedidos pela DGArtes, irá suspender a sua atividade já no início de 2023, quando iria celebrar os 50 anos de existência.
“Foi com estupefação que a Seiva Trupe tomou conhecimento de que, no preciso ano em que completa 50 anos de atividade em prol da Cultura e da Cidadania, foi excluída da concessão do Apoio Sustentado da DGArtes a que concorrera para os próximos quatro anos, pese o facto de ter atingido a pontuação necessária à sua elegibilidade”, refere a emblemática companhia de teatro portuense.
Na mesma nota informativa, a Seiva Trupe relata que, por diversas vezes, a direção artística da companhia de teatro manifestou o seu desacordo pelo facto de a avaliação das candidaturas ser feita por um júri ad-hoc.
“É humanamente impossível a um júri assim formado fazer a avaliação do trabalho efetivo, sendo-lhe pedido que analise a forma de apresentação dos projetos, sem ter em conta o passado e as práticas e resultados objetivos”, considera esta cooperativa cultural.
“Aceitando que, em meio século, tenha a Seiva Trupe passado por períodos melhores e períodos piores, não só nunca ela deixou de se nortear pelos valores do serviço público, como, reconhecidamente, nos últimos quatro anos, procedeu a profundas e passou a ter novamente espaço próprio”, pode ler-se no comunicado.
A direção da cooperativa Seiva Trupe decidiu suspender a atividade a 1 de janeiro de 2023, deixando sem trabalho atores, encenadores, técnicos e administrativos da companhia de teatro.
Até ao final do ano, serão estudados modos para reverter esta situação, “desde logo recorrendo à figura do Requerimento Hierárquico junto do Ministro da Cultura”, avança a Seiva Trupe.
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