Tudo o que precisamos de saber sobre “Glória”, a primeira série portuguesa na Netflix

Mete espiões, a CIA contra o KGB, a PIDE de permeio. Tudo se passa na segunda metade dos anos 60, com a Guerra Fria no auge e as emissões de propaganda da americana Rádio Europa Livre feitas, em onda curta, das instalações da Raret, em Glória do Ribatejo, para o outro lado da Cortina de Ferro. No centro dos acontecimentos, um jovem engenheiro português, João Vidal, filho de um alto dignitário do Estado Novo (talvez mesmo um possível Presidente do Conselho, pois, como diz o próprio, Salazar não vai durar para sempre). Vidal saiu de uma traumática experiência na Guerra Colonial e só na aparência é um insuspeito privilegiado da elite social e política do país. Na realidade, foi aliciado para missões de sabotagem e recolha de informações, trabalho de espião do lado vermelho da barricada. No terreno, militantes anónimos prestam-lhe apoio em tarefas onde, depressa descobre, há uma impiedade de processos que pouco tem a ver com a justeza das ideologias.

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