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Cultura

Joan Miró reinventado em Serralves

Miró em Serralves: uma nova leitura decorrente de uma diferente abordagem programática
Miró em Serralves: uma nova leitura decorrente de uma diferente abordagem programática
Rui Duarte Silva

Serralves põe a Casa renovada por Álvaro Siza e o Parque em diálogo com as obras do artista catalão

Há uma conhecida expressão latina aplicável com toda a propriedade à exposição das 85 obras de Miró (1893-1983) pertencentes à coleção do Estado português patente na Casa de Serralves: “Non nova, sed nove”. Isto é, sem constituir uma novidade absoluta em termos de conteúdo, não obstante o acréscimo de dez trabalhos, proporciona uma nova leitura, decorrente de uma diferente abordagem programática concebida pelo curador Robert Lubar Messeri, um dos maiores especialistas mundiais na obra do artista catalão.

Quem possa ter alguma memória das mostras anteriores destes trabalhos no Porto reparará numa primeira diferença de fundo. A ordem cronológica foi abandonada e substituída por uma agregação temática. Depois há detalhes mais ou menos evidentes, como um percetível logo à entrada com “Toile brûlée III” (dezembro de 1973). Esta tela de uma série de cinco surgia suspensa do teto e agora, até devido à sua fragilidade, está assente numa estrutura criada de propósito e colocada ao nível do olhar de quem vê.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: VCruz@expresso.impresa.pt

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