
As pinturas e esculturas de Fernão Cruz transportam imagens surpreendentes que lidam com a queda e a morte. No Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa, até 17 de janeiro de 2022
As pinturas e esculturas de Fernão Cruz transportam imagens surpreendentes que lidam com a queda e a morte. No Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa, até 17 de janeiro de 2022
texto
Depois de todos os regressos e desaparecimentos, não é estranho que alguma da melhor arte que se faz entre nós, no momento, o seja nos campos estabelecidos da escultura e da pintura. Mais surpreendente, é que um dos seus protagonistas mais estimulantes o faça em ambos os campos aos 25 anos, com uma consistência que afasta de imediato o paternalista epíteto de “artista jovem”.
“Quarto Blindado”, a exposição que Fernão Cruz (Lisboa, 1995) apresentou no CIAJG em abril, já dava indicações de uma capacidade invulgar de manipular um imaginário omnívoro com uma mistura de humor e drama que encontrava uma parte importante da sua capacidade de convocação na hábil encenação da escultura no espaço. Nada nos preparava, no entanto, para a sua mais recente apresentação na Fundação Gulbenkian, sob curadoria de Leonor Nazaré, composta por um conjunto de dez pinturas e 20 esculturas, todas criadas propositadamente para a exposição.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt