O filme de Pedro Costa, "Vitalina Varela", tem grandes apoiantes na Academia de Hollywood. Williem Defoe é um deles. "O trabalho do Pedro não é entretenimento, e não é para toda a gente, mas é um cinema muito puro", diz o ator norte-americano.
"Assim como a história e a fotografia são negras, a humanização acontece graças à simplicidade, nobreza e elegância da cinematografia", acrescenta Willem Defoe. Outro admirador no circuito de Hollywood é o realizador Spike Lee, que recebeu em 2016 um Óscar honorário e cuja longa carreira tem como longa-metragem mais recente "Da 5 Bloods: Irmãos de Armas".
Já Eric Kohn, um dos críticos mais influentes de Los Angeles, escreve na "IndieWire" que "Vitalina Varela" é uma oportunidade retardada para os votantes da Academia darem atenção ao trabalho de Pedro Costa.
O crítico considera que o realizador português "tem vindo a fazer uma ficção documental hibrida desde os anos 90, que raramente sai doo circuito dos festivais". Mas aposta que desta vez pode ser diferente.
"Vitalina Varela", escreve Eric Kohn, "pode ser o candidato a Óscar mais comovente nesta temporada tão especial, pois capta a luta de uma mulher ao enfrentar a vida que deixou para trás."
Num extenso texto, o crítico sublinha ainda a classe de Pedro Costa. "A sua delicada mise-en-scene coloca-o ao lado de Andrei Tarkovsky, com cada plano a entregar-nos uma composição digna de museu."
A cerimónia de entrega dos Óscares realiza-se a 25 de abril, depois de ter sido adiada devido ao impacto da pandemia no cinema.
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