Cultura

André Caldas é novo presidente do Conselho de Administração do Opart

André Caldas é novo presidente do Conselho de Administração do Opart
D.R.

A empresa que gere o Teatro São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado estava sem conselho de administração desde 7 de maio. A acompanhar o ex-chefe de gabinete de Mário Centeno, surgem os nomes da violinista Anne Vitorino d'Almeida e do economista Alexandre Miguel Santos, também ele com fortes relações com o Governo, foi vogal do Conselho de Administração da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos

Já há quase dois meses que o Opart andava à deriva sem conselho de Administração. A decisão foi sendo adiada de semana para semana. Esta terça-feira, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, apresenta finalmente os novos nomes que vão gerir o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado.

André Caldas assume o lugar de Carlos Vargas como presidente do Opart, e Anne Vitorino d'Almeida e Alexandre Miguel Santos substituem Samuel Rego e Sandra Simões.

André Moz Caldas, 36 anos, é Licenciado em Direito e Mestre em História do Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, na qual é assistente convidado em diversas cadeiras, como História do Direito, Direito Romano e Filosofia do Direito. Também licenciado em Medicina Dentária (2009). Exerceu advocacia até 2015, ano em que assumiu funções de Chefe do Gabinete do Ministro das Finanças do XXI Governo Constitucional. Ao longo do seu percurso teve sempre uma ligação muito próxima com o canto e com a música clássica, tendo frequentado o Curso Complementar de Piano na Academia de Amadores de Música e integrado o Coro Sinfónico Lisboa Cantat. Foi membro da Direção da Associação Musical Lisboa Cantat (2001-2003) e do Conselho Geral da Universidade de Lisboa (2008-2011). Entre 2013 e 2018 foi Presidente da Junta de Freguesia de Alvalade.

Os novos corpos gerentes herdam uma situação muito complexa que se desenvolve desde o início de junho, quando as duas entidades artísticas entraram em greve, reivindicando uma harmonização salarial. O confronto entre sindicato, trabalhadores e a tutela está ao rubro, com o ministério de Graça Fonseca a negar qualquer equiparação salarial e os trabalhadores a exigirem que ela aconteça.

Em causa está a não autorização, pelo Ministéro das Finanças de Mário Centeno, da equivalência horária, que está em vigor desde 2017.

A nomeação do novo CA acontece um dia antes de Graça Fonseca ser ouvida na Comissão Parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.

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