Documento de trabalho prevê que o maior grupo de risco seja protegido no fim de todos os prioritários, inclusive depois da população saudável entre os 60 e os 64 anos
O primeiro plano da Direção-Geral da Saúde (DGS) para vacinar os portugueses contra o novo coronavírus coloca a população mais vulnerável à infeção no fim da lista de prioridades. Os idosos acima dos 65 anos devem ser protegidos depois de quatro grupos na primeira linha, incluindo as pessoas saudáveis e com uma idade menos avançada, entre os 60 e os 64 anos.
A proposta foi apresentada pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, na reunião do Conselho Nacional de Saúde Pública da semana passada e provocou indignação. Alguns dos 22 peritos pediram até que o plano preliminar fosse ignorado de imediato. “Jamais deveria ter sido apresentado, ali ou em parte alguma. É chocante que o grupo de risco mais referido surja no último lugar”, afirmou ao Expresso um dos presentes, que pedem anonimato face ao dever implícito de sigilo.
“A vacina pretende no imediato prevenir as formas graves e a mortalidade por covid e são os mais idosos que mais correm esse risco, pelo que têm de estar entre os primeiros a vacinar”, defende um dos especialistas. Não é isso, no entanto, que prevê o plano preliminar da DGS, o que fez com que alguns peritos presentes na reunião fizessem questão de deixar claro que vão ceder a sua dose a idosos, caso a proposta vá avante.
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