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José Manuel Fernandes, publisher do Observador: “Era bom que o Governo disponibilizasse as receitas de cada grupo” de media

José Manuel Fernandes, publisher do Observador: “Era bom que o Governo disponibilizasse as receitas de cada grupo” de media
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José Manuel Fernandes diz que conhecia os critérios do Governo para a distribuição dos apoios pelos diferentes grupos nacionais mas que sempre se opôs. E defende, em declarações ao Expresso, que os dados fornecidos pelos diferentes grupos de comunicação social sobre vendas e publicidade, que estiveram na base do cálculo dos apoios, devem ser públicos

O Observador tomou conhecimento dos critérios que o Governo iria usar para distribuir parte dos 15 milhões de euros pelos meios de comunicação de social nacionais, através da compra antecipada de publicidade institucional, e participou na sua discussão desde início. Contudo, não só considera que esses critérios são desajustados, como mantém que o apoio se aproxima “muito a uma subsidiação direta”, “devia ser neutral em termos de ambiente competitivo” e “não cumpre os critérios mínimos de transparência e probidade”. Porquê? Porque não são conhecidos os valores que os grupos de comunicação social forneceram ao Governo, porque prejudica grupos que estão em fase de crescimento e discrimina os meios digitais.

Em conversa com o Expresso, José Manuel Fernandes, publisher e administrador do Observador, reconhece que “os critérios [de distribuição das verbas] foram comunicados” à administração da rádio e do jornal online, como já veio esclarecer o Governo, mas garante que sempre esteve contra: quando teve conhecimento destes, chamou “a atenção ao Governo para os problemas” que levantavam. “Mesmo assim, e apesar de sabermos que a solução não era a que queríamos e que o método de distribuição era distorcido, resolvemos esperar pelo resultado”, com o qual “ficámos surpreendidos”.

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