Covid-19. TAP já não está a renovar os contratos a prazo, cerca de 100 pessoas afetadas

O coronavírus já começa a fazer estragos visíveis na economia. Com a atividade fortemente condicionada, a TAP não está a renovar os contratos que estão a a chegar ao fim neste momento. Para já estão a ser afetados cerca de 100 trabalhadores.

Fonte oficial da TAP confirma que não estão a ser renovados os contratos que terminam agora, e que há trabalhadores a receber informação nesse sentido, mas sublinha que assim que a situação normalizar os trabalhadores que agora não têm os contratos renovados serão os primeiros as ser contactados. Ou seja, um trabalhador cujo contrato só seja renovado dentro de oito meses poderá não ser afetado se a situação nessa altura já estiver normalizada.

Não estão a ser renovados contratos em todo o tipo de funções. Não obstante a companhia, sabe o Expresso, está a reter trabalhadores em funções que considera essenciais neste momento, como é caso, por exemplo, dos call center.

A TAP já tinha avisado, a 5 de março, que iria começar a apertar os custos e iria haver novas contrações. Ou seja os contratos a prazo não iriam ser renovados. "A quebra na procura implica naturalmente um decréscimo da receita, pelo que, para proteger a integridade da sua tesouraria, a TAP tomou já algumas decisões fundamentais, como a suspensão de todos os investimentos não críticos, a revisão e corte de despesas não essenciais para o negócio ou a suspensão de contratações e novas admissões, para além da adequação da oferta à procura", assegura.

A TAP não esclarece quantos trabalhadores estão com contrato a prazo. A companhia tem hoje mais de 10 mil trabalhadores. A companhia é umas das primeiras a não renovar contratos, mas não é a única. Em breve poderá haver mais empresas a fazer o mesmo.

300 pessoas em licença sem vencimento

A TAP tem já cerca de 300 pessoas com licença sem vencimento, com um prazo de um mês. E admite que mais trabalhadores venham a pedir acesso a este mecanismo.

A companhia, sabe o Expresso, está a estudar o alargamento do pacote de licenças sem vencimento de um para seis meses. As licenças sem vencimento, recorde-se, têm de ter a autorização da empresa, ou seja, são submetidas a análise.