Fogo de Odemira: Rota Vicentina lança campanha de donativos para “regeneração da área ardida”
Rota Vicentina
“Queremos transformar este pesadelo numa história de solidariedade e resiliência, de regeneração, de reconstrução.” Este é objetivo da campanha de donativos iniciada pela Associação Rota Vicentina, que gere os trilhos pedestres e de BTT que dão a conhecer a região recentemente afetada pelo grande fogo de Odemira
Ainda “a quente”, mas com a garantia de “avaliar os prejuízos”, a Associação Rota Vicentina lançou uma campanha de angariação de donativos que visa a “regeneração da área ardida” na sequência do grande fogo de Odemira, que destruiu mais de 8.400 hectares de mato, flores e produções agrícolas, num perímetro de 50 km. O incêndio afetou ainda perto de 20 alojamentos turísticos.
Entre Sines e Lagos, a Rota Vicentina é uma premiada rede de percursos que totaliza cerca de 750 km de trilhos pedestres e mais de 1000 km de percursos de BTT ao longo do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, com destaque para o Trilho dos Pescadores, junto ao mar, e o Caminho Histórico, que percorre as áreas interiores. É no concelho de Odemira que se encontra a maior oferta de percursos da Rota Vicentina, muitos dos quais afetados pelo grande fogo dos últimos dias.
O Monte da Choça foi um dos perto de 20 alojamentos afetados pelo fogo de Odemira
“Queremos transformar este pesadelo numa história de solidariedade e resiliência, de regeneração, de reconstrução”, promete Marta Cabral, presidente da Associação Rota Vicentina, que justifica o arranque da campanha de angariação de donativos: “A Costa Alentejana e Vicentina continua deslumbrante, mas os incêndios dos últimos dias devastaram boa parte da área rural e florestal do coração da Rota Vicentina, o extremo sul do Alentejo e a fronteira norte do Algarve, desde sul de São Teotónio até sul de Odeceixe, passando pela preciosa ribeira de Odeceixe e toda a vegetação circundante”.
Podem ser efetuados donativos a partir de €5, através de uma plataforma coloca online pela Rota Vicentina, ou através de um QR Code disponível na página de Facebook.
Marta Cabral garante que os valores angariados serão aplicados na recuperação da rede de percursos para que “muito brevemente possamos voltar a conectar as duas regiões não apenas pela costa, mas também pelos seus montes e vales verdejantes”.
O turismo rural TEIMA, em Odemira, destruído pelo fogo