O movimento BDS - Boicote, Desinvestimento e Sanções - apelou a um boicote aos concertos que os Radiohead darão na Europa em 2025.
A banda britânica anunciou esta quarta-feira o regresso aos palcos, com vinte concertos em cinco cidades europeias. Os primeiros espetáculos terão lugar em Madrid, a 4, 5, 7 e 8 de novembro.
Na mira do movimento que visa o fim dos investimentos no estado de Israel e a imposição de sanções económicas àquele país estão as posições que entendem como pró-Israel por parte do guitarrista Jonny Greenwood e o que designam de “silêncio cúmplice” dos Radiohead no que à guerra em Gaza diz respeito, bem como o seu apoio a artistas israelitas durante o “genocídio” em curso.
“Há um elemento da banda que, por repetidas vezes, ignorou as nossas linhas de piquete e tocou a uma curta distância de um genocídio ao vivo, ao lado de um artista israelita que providencia entretenimento ao exército genocida do seu país”, pode ler-se. “Os palestinianos exigem um boicote aos concertos dos Radiohead, incluindo à sua nova digressão, até que o grupo se distancie, de forma convincente, das posições de Jonny Greenwood”.
Contactados pelo “NME”, representantes dos Radiohead afirmaram que o grupo “nada mais tem a acrescentar” sobre este assunto. Em junho, Thom Yorke publicou, nas redes sociais, uma longa mensagem na qual lamentava que o seu “silêncio” fosse confundido com “cumplicidade”, deixando críticas tanto ao governo de Benjamin Netanhayu como ao Hamas.
Em maio, Jonny Greenwood lamentou também o cancelamento dos seus concertos no Reino Unido com o israelita Dudu Tassa: “Forçar os músicos a não tocar, negar às pessoas que os querem escutar uma oportunidade para o fazer, é evidentemente uma forma de censura. Intimidar salas de espetáculos ao ponto de cancelarem os nossos concertos não ajudará a trazer a paz e a justiça que toda a gente no Médio Oriente merece”, escreveu então.
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