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Brian Wilson não foi só o criador de uma banda sonora para dias de sol, foi o espelho partido da América

Brian Wilson não foi só o criador de uma banda sonora para dias de sol, foi o espelho partido da América
Michael Ochs Archives/Getty Images

Amava carros, raparigas e estúdios de gravação. ‘Arquiteto’ sonoro dos Beach Boys, falecido na passada semana aos 82 anos, esculpiu emoções, sucumbiu às mesmas, renasceu a tempo. Inventou o impossível

Em 1961, os irmãos Wilson — Brian, Dennis e Carl —, em Hawthorne (uma cidade a sul de Los Angeles), com o vizinho Al Jardine e os primos Mike Love e Bruce Johnston formaram um grupo: The Beach Boys. Se, desde o início, a influência direta de Chuck Berry era evidente (com ‘Sweet Little Sixteen’, por exemplo, a servir de matriz para ‘Surfin’ USA’), foi em pouco tempo que Brian se destacou como o verdadeiro arquiteto sonoro da banda. Apesar de não ser surfista (e nem sequer saber nadar), Brian amava carros, raparigas e, sobretudo, os estúdios. Fora educado musicalmente por Roy Rogers, Carl Perkins, Bill Haley, Elvis Presley, Henry Mancini e Rosemary Clooney. Agora, encenava ali os sonhos do eterno verão californiano, cercado pelos melhores músicos de sessão de Los Angeles, fascinado com o poder de esculpir emoções em fita magnética. Tinha também ouvido absoluto. Mas nunca alguma vez iria ouvir as suas composições em estéreo: em consequência de acidente escolar ou da brutalidade do pai, Murray, era surdo do ouvido direito.

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