No ano passado, “Rooting for Love” apresentava-se com todos os preocupantes sintomas da obra de final de carreira: Laetitia Sadier, ao quinto álbum a solo após a separação dos Stereolab (2009), parecia desinteressar-se de vez do até aí fértil cruzamento entre a estética retrofuturista e o diálogo com o marxismo e o situacionismo, e escorregava, ideologia abaixo, para o território das personal politics e da involuntária comicidade new age: “Smile at your spleen, inundated with light, and be serene/ Smile at your kidneys, lights escaping, color is blue/ Feel your organs smiling back at you.” Os Stereolab tinham emergido em Londres no acampamento indie local dos anos 90, mas nunca soaram como os contemporâneos.
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