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“Tive uma figura paternal: era estilista, morreu de sida. A primeira vez que fui amada foi por um homem negro e gay”: entrevista a Cat Power

“Tive uma figura paternal: era estilista, morreu de sida. A primeira vez que fui amada foi por um homem negro e gay”: entrevista a Cat Power
Inez + Vinoodh

Volta a Portugal no final de junho para cantar Bob Dylan em Oeiras, no Festival Jardins do Marquês. À conversa com o Expresso, Chan Marshall, aka Cat Power, abriu o livro sobre a infância — a sua e a do filho —, a música e a vida. Sobre Portugal, diz: “ainda parece ter um certo lado selvagem. É como se fosse uma ilha. Sentimo-nos mais livres aí


“Tive uma figura paternal: era estilista, morreu de sida. A primeira vez que fui amada foi por um homem negro e gay”: entrevista a Cat Power

Lia Pereira

Jornalista

Falámos com Chan Marshall, mulher que os melómanos conhecem como Cat Power, numa tarde de fevereiro. Na sua casa em Miami, na Florida, onde vive há 24 anos, uma artista das mais singulares da sua geração pede-nos desculpa repetidamente, enquanto tenta conciliar entrevistas e os múltiplos recados envolvendo o seu filho, Bo, de 9 anos. Há um amigo que esteve a tratar dele e a quem agradece, quando tem de se ir embora; reuniões e sessões de terapia para assistir; uns sapatos que Bo demora a escolher. “Deixe-me acalmar um pouco... Agora já consigo falar consigo”, diz-nos, cansada, depois de atados os nós possíveis. A 29 de junho, Cat Power regressa a Portugal com o espetáculo “Sings Dylan ’66”, no qual recria o histórico espetáculo do bardo norte-americano em Manchester, Inglaterra, há quase 60 anos. Ao longo de 45 minutos, discorreu sobre a importância da música de Dylan na sua vida, os traumas deixados por uma infância dura e a relação com Deus de uma mulher que aprendeu a ler com a Bíblia. Sempre livre, freewheelin’ Cat Power.

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