Se nos distanciarmos o suficiente para observar o percurso dos canadianos Arcade Fire como um todo, apercebemo-nos do quão difícil é identificar o momento preciso em que resvalaram do pedestal de queridinhos do rock. Poderia ter sido quando deram os primeiros sinais de guinada eletrónica em “Reflektor” (2013), sucessor do opus magnum “The Suburbs” (2010), mas o sucesso do tema-título e de uma dilacerante ‘Afterlife’ amparou a queda. Poderá ter acontecido quando insistiram nessa mesma via sintetizada e dançável no disco seguinte, “Everything Now” (2017), embora tenham arrancado da canção que lhe dá nome um dos seus maiores sucessos comerciais.
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