
Tó Trips à guitarra, Alexandre Frazão na bateria, António Quintino no contrabaixo e Helena Espvall no violoncelo: em “Dissidente”, o ex-Dead Combo desenrola o novelo dos seus dramas, confronta os seus fantasmas e comove quem o escuta
Tó Trips à guitarra, Alexandre Frazão na bateria, António Quintino no contrabaixo e Helena Espvall no violoncelo: em “Dissidente”, o ex-Dead Combo desenrola o novelo dos seus dramas, confronta os seus fantasmas e comove quem o escuta
Tó Trips alcançou aquilo que muitos músicos buscam uma vida inteira e não encontram: uma voz própria no seu instrumento. Há guitarristas mais virtuosos, com técnicas mais rebuscadas, mas que não lograram criar um universo referencial particular e um guitarrismo passível de se identificar à primeira nota. Com “Dissidente”, o homem de “Popular Jaguar” e “Guitarra Makaka” aprofunda as suas específicas marcas de identidade artística e deixa claro que há vida para lá dos Dead Combo de boa memória, grupo que criou com o malogrado Pedro Gonçalves e a cuja obra admite, ao Expresso, talvez nunca mais voltar: “Não sei se esse tempo algum dia virá... Se vier, tudo bem; se não vier, tudo bem na mesma. Foi preciso então fazer essa travessia para ser capaz de assumir essa sonoridade outra vez.” Porque “Dissidente”, admite, é o seu disco “mais à Dead Combo”.
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