O busto do Padre Cruz observa a manhã de sábado. A poucos metros está uma concentração de cães de loiça, guardada por um gato branco. Poisada junto ao alcatrão, uma malinha de madeira tem a tampa aberta, a deixar ver um tesouro de vidro sob a forma de berlindes. Há também vendedores, compradores, curiosos e turistas de passagem pela Feira da Ladra. E há azulejos de outros séculos, que terão morado em fachadas e paredes de Lisboa. Numa mesa frágil montada ao ar livre, talvez aqueles relógios de pulso marquem os minutos que faltam para a abertura de mais uma Feira de Vinil de Lisboa, no vizinho Mercado de Santa Clara. Cá fora, também dá para comprar discos de vinil na Feira da Ladra, em qualquer sábado ou terça-feira. Há singles (os 7 polegadas, a 45 rotações por minuto, albergue de um par de canções), máxi-singles (12 polegadas, habitualmente com mais de uma canção no lado B), EP (mais longos) e os LP (os ‘long play’, vulgo álbuns).
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