Mãe baronesa, pai espião; educada por freiras católicas; ícone pop que inspira canções escritas pela maior banda rock de todos os tempos; actriz de pronunciada sensualidade que protagoniza o primeiro filme classificado como “só para adultos” na América; caída em desgraça durante os anos 70; vive numa casa abandonada e danificada pelos bombardeamentos da segunda guerra mundial; viciada em heroína, anorética, arrasta-se pelas ruas do Soho; perde a voz de anjo graças a uma laringite grave; renasce, recupera o controle da sua vida, torna-se um símbolo das agruras da fama; morre com a aura de uma diva sábia, mas eternamente amargurada. Este parágrafo poderia ser uma espécie de resumo para um guião de um filme e, se Marianne Faithfull nunca tivesse existido, talvez os críticos de cinema, aquando da estreia da obra, pudessem escrever loas à imaginação fértil da pessoa que tivesse escrito tamanho drama. Acontece que Marianne foi e fez mesmo tudo isso. E tanto mais.
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