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Uma guitarra cheia de força virou os Linda Martini do avesso: já ouvimos o novíssimo “Passa-Montanhas”, uma prova de superação

A banda lisboeta atua esta sexta em Tondela, dia 31 em Lisboa e a 1 de fevereiro no Porto
A banda lisboeta atua esta sexta em Tondela, dia 31 em Lisboa e a 1 de fevereiro no Porto

Os Linda Martini que escutamos em “Passa-Montanhas”, o novo álbum que será publicado esta sexta-feira, não são os mesmos que nos deram ‘Amor Combate’ ou ‘Boca de Sal’. Não ‘mataram’ a banda que eram, mas permitiram-se evoluir para outros horizontes. E ainda bem

Quando o homem sonha, o mundo pula e avança, mas sempre que a realidade bate à porta tudo parece correr ainda mais rápido. Os Linda Martini sentiram esse embate, no início de 2022, quando tiveram de se adaptar a uma nova dinâmica com a entrada do guitarrista Rui Carvalho. Foram para a estrada tocar “Êrror”, disco que ainda não contava com o instrumento do homem que, a solo, se apresenta como Filho da Mãe, e depois seguiram caminho celebrando 20 anos de percurso em digressão. Três anos volvidos e os Linda Martini que escutamos hoje neste “Passa-Montanhas” não são os mesmos que nos deram ‘Amor Combate’ ou ‘Boca de Sal’. Não ‘mataram’ a banda que eram, mas permitiram-se evoluir para algo que, avaliando por canções tão tensas quanto ‘Assombro’ ou ‘Corações Rápidos’, lhes abre outros horizontes. “Tivemos muitas horas de estrada, deu para pôr toda a gente à volta da mesa e conversar um pouco sobre aquilo que queríamos fazer”, assume o vocalista, guitarrista e letrista André Henriques, “mas não dissemos ao Rui para se encaixar numa determinada moldura. Embora ele tenha desenvolvido o seu trabalho a solo mais à volta da guitarra clássica, veio do mesmo caldeirão que nós, do punk rock”. A força bruta da guitarra de Carvalho ajuda a virar “Passa-Montanhas” do avesso.

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