
Registo de uma travessia das trevas e hesitante mapa de regresso à luz: Tamara Lindeman, ou The Weather Station, enfrentou “Humanhood” com galhardia. Um álbum que marca este início de 2025
Registo de uma travessia das trevas e hesitante mapa de regresso à luz: Tamara Lindeman, ou The Weather Station, enfrentou “Humanhood” com galhardia. Um álbum que marca este início de 2025
Uma sucessão de vistas aéreas sobre as luzes noturnas de Toronto. A câmara desce para apanhar Tamara Lindeman deitada num recanto do pavimento, escondida, enroscada sobre si mesma (“I’ve gotten used to feeling like I’m crazy — or just lazy. Why can’t I get off this floor? Think straight anymore?”). Ergue a cabeça, olha-nos e parece tocar na câmara para a redirecionar sobre o movimento da rua (“Out on the street, I went walking in a punishing heat — nobody meets my eyes except witty signs and luxury designs. Every neon sign every flashing light tries to fool you”). Ao longo do caminho, diversas pessoas empurram-se, são molestadas, incomodadas, roubadas, pontapeiam lixo, agridem-se. Tamara parece ser perseguida mas liberta-se (“Every neon sign every flashing light tried to fool me. There I was — just stretching out my mind to take in every wounded story. Nothing needs you so badly as a lie, so lonely, drifting, unmoored from real life”).
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt