
Na reta final de 2024, recordamos os melhores álbuns internacionais do ano para a equipa da BLITZ. Em quarto lugar, “Songs of a Lost World”, o 14º álbum da longa e singular caminhada dos Cure, que dita o fim de 16 anos de espera (e saudade)
Na reta final de 2024, recordamos os melhores álbuns internacionais do ano para a equipa da BLITZ. Em quarto lugar, “Songs of a Lost World”, o 14º álbum da longa e singular caminhada dos Cure, que dita o fim de 16 anos de espera (e saudade)
Jornalista
Dezasseis anos pode parecer muito tempo. Para Robert Smith, o homem cuja identidade se confunde com a banda que, há quase meio século, se lembrou de criar, foi o tempo necessário para urdir um novo álbum. “Songs of a Lost World”, editado esta sexta-feira, na véspera do Dia dos Finados, sucede ao longínquo “4:13 Dream”, de 2008, e traz de volta uma das bandas mais consistentes e paradoxalmente mais ecléticas das últimas décadas. Tendo em conta a espera dilatada, era legítimo que muitos dos fãs dos The Cure já tivessem perdido a esperança de juntar mais um álbum de originais à coleção lá de casa. Mesmo que, nos dois últimos anos, os britânicos tenham apresentado ao vivo vários destes inéditos, na imensa digressão a que chamaram Shows of a Lost World (90 concertos para cerca de um milhão e 300 mil fãs, em mais de 30 países), “Songs of a Lost World”, o disco, parecia cada vez mais uma miragem. Até que, no passado mês de setembro, ‘Alone’, a primeira amostra do trabalho e também a sua canção de abertura, irrompeu pelo nevoeiro e deixou toda uma geração à beira das lágrimas. “Não sei porque é que estou a chorar”, vimos alguém comentar no YouTube. “Parece que acabo de reencontrar um amigo que não via há anos.”
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