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Bêbados, polícias e um casal desavindo: o ‘conto de fadas’ dos Pogues que se tornou a canção de Natal mais ouvida em Inglaterra no séc. XXI

Kirsty MacColl (1959-2000) e Shane MacGowan (1957-2023)
Kirsty MacColl (1959-2000) e Shane MacGowan (1957-2023)
Getty Images

Shane MacGowan, ele próprio um presente, tendo nascido a 25 de dezembro, assinou com os Pogues uma das canções de Natal mais emblemáticas de todos os tempos, mesmo que dentro dela o espírito natalício seja reconhecidamente retorcido. Nem Shane nem Kirtsty MacColl, a cantora que se junta ao bardo do grupo irlandês, estão já no mundo dos vivos, mas o Natal também serve para lembrar que as grandes músicas são eternas

Shane MacGowan foi o melhor presente de Natal que Maurice e Therese poderiam ter recebido naquela noite fria de 25 de dezembro de 1957, na pequena localidade de Pembury, em Kent, Inglaterra, onde o casal irlandês se tinha deslocado para visitar familiares. Dezanove anos depois, o jovem Shane teve o seu primeiro momento de fama quando a sua cara ensanguentada apareceu numa fotografia do NME que acompanhava uma reportagem de um concerto dos Clash. O título referenciava a palavra “canibalismo”, provavelmente decorrente do estrago feito ao lóbulo da orelha do então autodenominado Shane Hooligan, empregado da loja de discos Rocks Off e cronista punk dedicado à sua própria fanzine, que no caótico concerto da banda de Joe Strummer viu a sua orelha ser mordida por Jane Crockford, baixista que haveria de integrar as Mo-dettes. Mas essa é outra história.


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