O Natal, correndo tudo bem, começa quando, num dezembro já bem entrado, algures – no carro, no centro comercial, num café sintonizado numa qualquer playlist do Spotify – se escuta pela primeira vez (nesse ano, claro) ‘Last Christmas’ a tocar. Ainda George Michael não entoou I gave you my heart… e já a lista de compras se começa a debater com a nossa procrastinação, e as memórias das últimas consoadas nos invadem sem pedir licença, para cobrarem a devida fatura da nossa atenção.
Há uma razão para isso. Há quem acredite piamente que se trata da melhor canção de Natal de sempre. Talvez porque cada pessoa – a impossivelmente optimista, a que caminha sempre sob uma imaginária nuvem cinzenta, a permanentemente apaixonada, a relutantemente interessada, a tia, a avó, a criança pequena, o adolescente irritante – encontrem nela algo que lhes toca nos nervos certos: a melodia, o arranjo simples, a intensidade da entrega emocional que se sente na voz, as palavras, as roupas que cada um dos artistas usa no videoclip. Seja lá o que for, a verdade é que esta canção é inescapável.
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