No Natal de 2009, há uns excruciantes 15 anos, o jovem Tyler Gregory Okonma, pomposamente conhecido como Tyler, The Creator, decidiu aproveitar o momentum do coletivo californiano Odd Future, que também apresentou ao mundo nomes como Frank Ocean ou Earl Sweatshirt, para se aventurar em nome próprio. “Bastard”, o primeiro disco, agitou algumas águas, mas foram necessários uns bons anos, e algumas tentativas e erros, para o rapper ver reconhecido o seu inegável talento. Começou por afiar os dentes com uma portentosa ‘Yonkers’ em “Goblin”, de 2011, álbum do qual saiu o seu primeiro sucesso, ‘She’, em dueto com Ocean; dois anos depois manteve-se à tona com “Wolf”, disco que voltava a contar com Ocean, mas também com Pharrell Williams, Erykah Badu ou Laetitia Sadier; em 2015, “Cherry Bomb” baixou a fasquia, apesar de o mostrar cada vez mais entrosado com nomes de primeira linha — além de Pharrell, o disco apostava em colaborações com Kanye West, Lil Wayne e uma então desconhecida Kali Uchis, trazendo, também, os sintetizadores de Dâm-Funk e o vibrafone do histórico do jazz Roy Ayers.
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