Tocou com Billie Holiday, orquestrou Frank Sinatra, produziu o inatacável “Thriller”, obra-prima de Michael Jackson: Quincy Jones foi uma das mais influentes figuras do universo da música, um criador incansável que marcou diferentes culturas, do jazz ao hip hop, e que se deu com presidentes e com a elite artística da América e do mundo. Morreu esta semana aos 91 anos
Considerem isto: nascido a 14 de Março de 1933, quando completou 14 anos conheceu Ray Charles e tocou com Billie Holiday, e tudo isto pouco tempo antes de ser apadrinhado por Count Basie e pelo trompetista Clark Terry. É bem provável que, nos clubes de jazz que aí começou a frequentar, Quincy Jones se tenha cruzado com alguns músicos veteranos nascidos ainda no século XIX, portadores de uma memória e experiência fundas. Quincy, que haveria de conhecer Martin Luther King, Jr. e de se envolver com o Movimento dos Direitos Civis, tinha plena consciência de que a música e o “showbizz” em geral eram a mais direta forma de sobrevivência numa América profundamente dividida pela cor.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt