Mil novecentos e setenta e nove foi o ano que, noutras paragens, viu nascer bandas como os Gun Club, Hüsker Dü, The Replacements, Stray Cats ou Toy Dolls. É possível argumentar que qualquer uma delas navegou em águas semelhantes às dos portugueses Xutos & Pontapés, outra banda nascida nesse ano que também fez do rock and roll cheio de nervo e alguma revolta a sua razão de ser. No entanto, de todos esses filhos do punk só o coletivo de Tim, Kalú, João Cabeleira e Gui se mantém no ativo. E 45 anos depois do arranque — 13 de janeiro de 1979, data do primeiro concerto dos Xutos, na sala Alunos de Apolo, em Lisboa —, a banda que colecionou êxitos, atravessou vales e escalou montanhas, foi condecorada por um Presidente da República e chorou a morte de um dos seus fundadores, Zé Pedro, prepara-se para assinalar essas quatro décadas e meia de história com um concerto em que volta a dizer “olá” à vida malvada, tomando o Queimódromo do Porto, no Parque da Cidade, a 14 de setembro, data de aniversário de nascimento do saudoso guitarrista, como o palco desses festejos.
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