A “Subida Infinita” dos Capitão Fausto faz-se de pés muito assentes no chão e, na verdade, não chega a entrar em órbita. Bem menos de 10 mil anos depois da sua estreia, este agora quarteto teve, recentemente, uma mini-temporada na Culturgest, tocando o material do seu novo álbum mas também assumindo o passado, ainda que com novas roupagens, agora que o teclista Francisco Ferreira saiu do grupo.
As apresentações de “Subida Infinita” têm decorrido em auditórios, para gente sentada. Tomás Wallenstein refere-se a esta fase como “música de câmara”, o que não deixa de encaixar com as tangentes à chamber pop que sempre estiveram presentes na sua música. Até ao fim do mês estarão na Casa da Música, no Porto (dias 16 e 17), no Centro Cultural e de Congressos, Caldas da Rainha (26), na Casa das Artes, Águeda (27).
Em conversa com a BLITZ no novo estúdio da Cuca Monga, uma vez mais no bairro de Alvalade (Lisboa) que os viu crescer, Tomás Wallenstein, Domingos Coimbra e o produtor Diogo Rodrigues falam de processos de trabalho, dos desafios do novo álbum, do “luto” pela saída de Francisco Ferreira, e da opção de não irem ao Coliseu dos Recreios numa fase em que o trabalho de minúcia investido nas novas canções requer a atenção de um público confortavelmente instalado. O concerto para espaços ao ar livre perante audiências de pé virá mais adiante, quando o verão já for adiantado.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt