O poderoso testemunho de Frances Bean sobre Kurt Cobain, o pai que não conheceu: “Ele deu-me uma lição sobre a morte”

Frances Bean Cobain assinalou o 30º aniversário da morte de Kurt Cobain, seu pai e vocalista dos Nirvana, com um longo testemunho nas redes sociais.

Ao lado de fotografias suas com o pai, Frances Bean começou por lembrar a avó, Wendy (mãe de Kurt Cobain), antes de abordar a forma como tem lidado com o luto ao longo de todo este tempo.

“Nos últimos 30 anos aquilo que penso sobre o luto tem vivido um estado constante de metamorfose”, disse a filha de Cobain e Courtney Love. “A lição maior que aprendi com um luto que faço desde que estou consciente foi que serve um propósito”.

“Gostava de ter conhecido o meu pai”, continuou Frances Bean, de 31 anos. “Gostava de ter conhecido a cadência da sua voz, a forma como gostava de beber o seu café, a maneira como me aconchegava depois de me contar uma história para adormecer”.

“Sempre me perguntei se ele teria vindo comigo caçar girinos nos verões húmidos de Washington, ou se cheirava a cigarros Camel Lights e a Nesquik de morango (que era o que mais gostava, segundo me disseram). Mas também há uma profunda sabedoria em estar num caminho para a compreensão de como a vida é preciosa”.

“Ele deu-me uma lição sobre a morte que só existe quando se vive tendo perdido alguém”, acrescentou. “É a certeza de que quando nos amamos e amamos os que nos rodeiam, mais significado ganha o nosso tempo aqui”.

“O Kurt escreveu-me uma carta antes de eu nascer, onde dizia: ‘onde quer que vás ou onde quer que eu vá, estarei sempre contigo’. Ele manteve esta promessa, porque está presente de muitas formas. Seja através de uma canção ou das mãos que partilhamos”, rematou.