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Kurt Cobain morreu há 30 anos: os últimos dias do ídolo que não queria ser salvo

Kurt Cobain, dos Nirvana
Kurt Cobain, dos Nirvana
Getty Images

Os dias derradeiros da vida do vocalista dos Nirvana foram passados num ambiente caótico, entre tentativas de suicídio e a recusa de admitir a dependência de heroína. Amigos, companheiros de banda e a mulher, Courtney Love, tentaram salvá-lo, mas o destino de Kurt Cobain estava escrito. Agora que passam 30 anos sobre a sua morte, recuperamos esse percurso final, tal como descrito nas páginas da BLITZ em abril de 2014

Kurt Cobain morreu há 30 anos: os últimos dias do ídolo que não queria ser salvo

Lia Pereira

Jornalista

300 dólares. Foi esta a quantia que Kurt Cobain desembolsou por uma espingarda, no final de março de 1994. Debilitado pela dependência de heroína e pela degradação do seu casamento com Courtney Love, o vocalista e guitarrista dos Nirvana, adorado por milhões de fãs em todo o mundo, explicou ao amigo Dylan Carlson que queria uma arma para se defender dos intrusos que tentavam invadir o jardim da sua casa, em Seattle. O amigo estranhou que Cobain quisesse comprar uma arma, uma vez que estava de malas feitas para Los Angeles.

"Pareceu-me esquisito que estivesse a comprar uma arma antes de ir viajar. Por isso, ofereci-me para lha guardar até ele voltar", contou. A espingarda acabou por ficar na mansão do casal Love-Cobain, uma propriedade no valor de mais de um milhão de dólares, numa zona antiga de Seattle. Os vizinhos, que a princípio temeram pela chegada à zona pacata de duas estrelas rock, acabaram por considerar Kurt e Courtney "simpáticos e sossegados". E só terão voltado a ouvir falar do músico quando, a 8 de abril, um eletricista encontrou o corpo de Cobain numa estufa por cima da garagem. Causa de morte, determinaria a autópsia: uma bala na cabeça, disparada pela caçadeira comprada dias antes, com a ajuda de um dos melhores amigos.

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