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Entrevista a Fado Bicha: “O medo e o ódio são a estratégia principal em curso. Torna-se imperativo intervir artisticamente”

Fado Bicha
Fado Bicha
Rita Carmo

“O lugar histórico das pessoas ‘queer’ é de resistência e sobrevivência. Historicamente, somos imortais.” Lila Fadista e João Caçador, as Fado Bicha, falam à BLITZ sobre o que as levou a escrever a canção/manifesto anti-Chega ‘Dar de Beber à Desventura’, mas também sobre a herança do 25 de Abril, a criação de arte “a partir de um lugar de raiva e medo” e o novo espetáculo, “Fado Bicha mata o fado, com amor”

As Fado Bicha regressaram esta semana com um novo single, ‘Dar de Beber à Desventura’, uma canção que apresentam como “manifesto de repúdio” ao Chega. Com uma letra que aponta o dedo a André Ventura, o líder do partido, a canção de cariz interventivo insere-se na crença da dupla de que “a classe artística tem o dever de se manifestar e sinalizar a deterioração do discurso público e político em Portugal”. Em entrevista à BLITZ, falaram sobre o que as levou a escrever a canção, sobre as vindouras eleições legislativas e, também, sobre os projetos que têm para apresentar ao longo deste ano.

Lila Fadista e João Caçador começaram a dar que falar, em 2019, com ‘Lisboa, Não Sejas Racista’, e editaram, em 2022, o seu primeiro álbum, “Ocupação”, assumindo estar agora a trabalhar em várias canções que pretendem mostrar nos próximos meses, “entre novas criações, releituras de músicas passadas e criações antigas que irão, finalmente, ver a luz do dia”. Têm, também, um novo espetáculo, intitulado “Fado Bicha mata o fado, com amor”, que levarão a várias cidades do país ao longo de 2024, e regressam ao palco com a reposição da peça “Casa Portuguesa”, de Pedro Penim, no Teatro Maria Matos, em Lisboa, em maio.

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