“Não estou nisto pelo ego, estou nisto por uma causa.” A frase, proferida pelo ator britânico Kingsley Ben-Adir mais ou menos a meio caminho de “Bob Marley: One Love”, filme biográfico do pioneiro da música reggae, resume bastante bem a imagem que o mundo criou do homem por trás do mito. Canções como ‘Get Up, Stand Up’, ‘Exodus’ ou ‘Redemption Song’ não só eram testamentos da sua forte consciência social como ajudaram a imortalizá-lo como um dos maiores génios musicais que o século XX viu nascer e, precocemente, morrer. O que o filme tenta fazer, embora o concretize de forma um tanto ou quanto insatisfatória, é desmontar aquilo que estava para lá de um ser espiritual, pacifista e altamente criativo que a história tornou inatingível.
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