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Como Tom Waits foi salvo quando conheceu Kathleen Brennan, “deusa hindu, artista de trapézio, mulher do outro mundo”

Tom Waits
Tom Waits
Getty Images

Um dia, uma jovem católica de ascendência irlandesa bateu-lhe à porta e Waits, muito simplesmente, apaixonou-se. “Passei dez miseráveis anos à espera dela”, diria. Kathleen Brennan tornou-se sua mulher, musa inspiradora, impressionante parceira criativa. Em 1983, Waits dava início a uma nova fase na sua carreira: “Swordfishtrombones” e “The Black Rider” balizam um período incrível agora revisitado em reedições em vinil, que muito deve ao papel de Brennan. Tom está “vivo por causa dela”

Há alguns anos, em entrevista à BLITZ, o guitarrista Marc Ribot revelava um curioso pormenor da sua longa relação com Tom Waits ao dizer-nos que todos os anos recebia um frasco com polpa de tomate que o mítico cantor e a sua cara-metade, Kathleen Brennan, preparavam com todo o cuidado a partir do que produziam na sua horta. O guitarrista que primeiro se cruzou com Waits nas sessões de estúdio que deram origem a “Rain Dogs” abria assim, talvez inadvertidamente, a porta à imaginação de todos os fãs do recluso artista que pudessem ter lido essa entrevista. Lá para os lados de Sonoma County, na soalheira Califórnia, talvez o velho bardo levasse regularmente uma pick-up amolgada pela vida até ao mercado local em busca de tomateiros para a sua horta. E depois, Tom e Kathleen lá passariam o tempo a cuidar do saboroso fruto e de outros vegetais enquanto iam conversando sobre os filhos e, talvez, sobre o que preparar para o jantar. Uma vida bem diferente daquela em que, no arranque dos anos 80 do século passado, ambos – Tom e Kathleen – então levavam.

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