Krist Novoselic deu uma entrevista à “NME” por ocasião do 30º aniversário de “In Utero”, o último álbum de estúdio editado pelos Nirvana.
Falando especificamente do legado deixado por esse disco, o baixista afirmou que é uma obra que “vai a algum lado”. “É negro, é belo, é tudo o que está no meio”, disse.
“Gravámos o álbum numa semana e algumas das canções ali presentes são o primeiro take. Estávamos bem ensaiados, e adorávamos tocar juntos. Era o que nos unia, enquanto grupo”.
“É incrível o que se consegue fazer quando três pessoas com instrumentos se juntam”, continuou. “Podes criar tanto som que capta a nossa imaginação. É a beleza da música, convidas pessoas a vir ter contigo”.
Os Nirvana anunciaram recentemente uma reedição especial de “In Utero”, que cumpriu esta quinta-feira o seu 30º aniversário. Para Novoselic, um dos pontos mais fortes dessa reedição são as gravações ao vivo ali incluídas, que tiveram a ajuda da inteligência artificial.
“Pegámos nas cassetes das mesas de som dos concertos em Roma, Seattle e Los Angeles e a inteligência artificial separou todos os instrumentos, permitindo-nos obter uma boa mistura de tudo”, explicou.
Questionado sobre se os Nirvana poderiam voltar a recorrer à inteligência artificial para resgatar material inédito, o baixista mostrou-se entusiasmado. “É uma boa ideia. Vou falar sobre isso com o Dave [Grohl] e o Pat [Smear]”.
“O Kurt não está cá, pelo que tudo tem de ser bem feito”, rematou.
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